Fundação Portuguesa do Pulmão recomenda espirometrias antes dos 40 anos para reduzir prevalência da DPOC

Fundação Portuguesa do Pulmão recomenda espirometrias antes dos 40 anos para reduzir prevalência da DPOC

Data: 2018-11-20

A Fundação Portuguesa do Pulmão (FPP) alerta para a necessidade de se antecipar a espirometria por forma a diminuir a prevalência da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), assim como a morbilidade e a mortalidade que lhe estão associadas. Uma chamada de atenção que surge a propósito do Dia Internacional da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (21 de novembro) e numa altura em que as estimativas apontam para mais de três milhões de óbitos dentro de dois anos, a maioria dos casos devido ao tabagismo.

Segundo a FPP, atualmente é aconselhada a espirometria a todos os fumadores com 40 e mais anos. No entanto, a Fundação Portuguesa do Pulmão considera errado esperar por essa idade, uma vez que os efeitos do tabagismo na perda de função pulmonar são irrecuperáveis, sendo preciso detetar estas alterações o mais precocemente possível, de forma a evitar os casos graves, eventualmente fatais de DPOC. Daí que defenda a necessidade de antecipar o exame que permite avaliar a função pulmonar.

"É importante que a população saiba que os danos do tabaco são irrecuperáveis. É importante que a espirometria seja realizada o mais cedo possível. Os fumadores com DPOC são doentes muito antes de terem algum sintoma, por isso quanto mais cedo realizarem o exame, mais cedo podem deixar de fumar e tratar a sua saúde", argumenta a FPP em comunicado, acrescentando que é preciso olhar para este exame da mesma forma que um cardiologista olha para um eletrocardiograma, ou seja, como um exame de rotina que deve ser realizado frequentemente para se evitar complicações.

A espirometria mostra alterações que diagnosticam precocemente a DPOC, pelo que a abordagem pode ser mais assertiva e interventiva na evicção tabágica, primeiro passo para diminuir o número de casos de DPOC.

Quanto aos casos de diagnóstico de DPOC, a FPP entende que é necessário garantir que estes doentes fazem tratamento de reabilitação respiratória. Isto porque, apesar de as guidelines internacionais apontarem o tratamento como uma intervenção obrigatória, em Portugal apenas 2% da população tem acesso ao mesmo.

DPOC é a designação para uma doença respiratória que causa diminuição do calibre das vias aéreas respiratórias e destruição do tecido pulmonar. Causa tosse, expetoração e dificuldade respiratória. A causa mais importante de DPOC é o consumo de tabaco. Alguns casos, no entanto, ocorrem como resultado da inspiração frequente de poeiras ou fumo de fogões a lenha. A asma também pode levar à DPOC.

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