O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge requalificou e remodelou dois dos cinco laboratórios de segurança biológica de nível 3, para melhorar a capacidade de resposta do Instituto Ricardo Jorge em caso de emergência e biopreparação.
A intervenção implicou um investimento de cerca de 300 mil euros e consistiu na ampliação de uma das salas e na instalação de novos sistemas de climatização e equipamentos laboratoriais diversos, como esterilizadores/autoclaves e uma câmara de segurança biológica de classe III.
De acordo com a informação divulgada pelo Instituto, num dos laboratórios remodelados é realizada a rotina laboratorial do Laboratório de Referência da Tuberculose e no outro, que está adstrito à Unidade de Resposta a Emergências e Biopreparação (UREB), é realizado o diagnóstico do vírus Ébola e de outros agentes passíveis de serem utilizados como armas biológicas.
Os laboratórios de microbiologia são classificados em quatro categorias de segurança biológica. O nível de biossegurança 3 é aplicável a laboratórios clínicos, de diagnóstico, ensino, investigação, ou instalações de produção, onde o trabalho é realizado com agentes muito patogénicos, que podem causar doenças graves ou potencialmente letais através da inalação ou outro tipo de exposição.
O Instituto Ricardo Jorge dispõe também de um laboratório com nível de biossegurança 3 no Porto, onde funciona o laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde para o diagnóstico da tuberculose, e mais dois no Centro de Estudos e Vetores e Doenças Infeciosas Doutor Francisco Cambouournac, em Águas de Moura, para a manipulação de agentes biológicos transmitidos por vetores e experimentação animal com inoculação de alguns vírus de grupo de risco 3.