“É importante que haja uma colaboração mais próxima entre a Ortopedia e a Medicina Geral e Familiar”

“É importante que haja uma colaboração mais próxima entre a Ortopedia e a Medicina Geral e Familiar”

Data: 2016-04-26

Desmistificar patologias, trocar experiências e promover uma ligação mais estreita entre os ortopedistas do Centro Hospitalar Lisboa Central, EPE, e os médicos de família são os principais objetivos que estão na génese das "jornadas de ortopedia para medicina geral e familiar", marcadas para 5 e 6 de maio, no hotel Tryp aeroporto.

Com um programa suficientemente vasto para abranger as patologias ortopédicas mais relevantes e também aquelas com que mais frequentemente os médicos de família se deparam, as jornadas de ortopedia procuram assumir-se como um espaço de reflexão e de atualização entre especialistas e especialidades.

Segundo o Dr. Luís Branco Amaral, diretor do Serviço de Ortopedia do CHLC e presidente das jornadas, a expectativa é a de que o evento se assuma como "um espaço interativo", consolidando um estreitar de laços que será benéfico para todos e para os doentes em particular.

"São os médicos de família que estão na primeira linha com os doentes. São eles que os canalizam para as nossas consultas. Se estiverem em melhores condições para avaliar os doentes, haverá com certeza menos listas de espera e melhores condições de tratamento", sublinha.

Durante dois dias, serão abordados temas como a osteoporose, coluna, anca, problemas específicos do ombro, punho e mão, cotovelo, joelho, tornozelo e pé. As jornadas contam ainda com sessões para debater aspetos particulares da ortopedia infantil e das lesões desportivas.

"Há muitos doentes que se deslocam ao hospital e que poderiam ser tratados nos Cuidados de Saúde Primários. Nós entendemos que podemos confiar aos médicos de família o tratamento de uma série de patologias. Daí a importância de organizar este tipo de jornadas", sublinha o Dr. Luís Branco Amaral.

O Dr. André Grenho, interno da especialidade e membro da comissão organizadora, reforça que apesar de os médicos de família contactarem com a especialidade durante o seu período de formação – cumprindo um estágio de 3 meses em Ortopedia –, este contacto é feito apenas na urgência, pelo que acabam por não ter um conhecimento tão alargado das patologias que mais observam na sua atividade diária.

Explica que as jornadas surgem exatamente para alargar o leque de conhecimentos, constituindo-se como "mais uma ferramenta" para os Cuidados de Saúde Primários no sentido de otimizar a capacidade de resposta no atendimento a doentes com problemas do foro da ortopedia.

Voltar para a página anterior