Investigação na área da cirurgia ocular, malária e Parkinson premiada pela Pfizer

Investigação na área da cirurgia ocular, malária e Parkinson premiada pela Pfizer

Data: 2017-11-28

Os avanços científicos na otimização dos processos da cirurgia ocular, a revelação de um mecanismo de autocontrolo do parasita da Malária e o controlo da ativação dos neurónios que libertam dopamina na doença de Parkinson foram os projetos vencedores da 61.ª edição dos Prémios Pfizer 2017, a mais antiga distinção na investigação biomédica em Portugal, organizada em parceria com a Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa.

Este ano foram distinguidos três projetos – um na área de investigação clínica e dois na área da investigação básica, de um total de 79 candidaturas.

O Prémio de Investigação Clínica – Functional magnetic resonance imaging to assess the neurobehavioral impact of dysphotopsia with multifocal intraocular lense – foi entregue à Dra. Andreia Rosa e sua equipa, da Universidade de Coimbra e do Departamento de Oftalmologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

Os dois Prémios de Investigação Básica foram entregues à Profa. Doutora Maria Manuel Mota e sua equipa, com o estudo "Nutrient sensing modulates malaria parasite virulence", e ao Prof. Doutor Joaquim Alves da Silva e sua equipa, pelo trabalho intitulado "Dopamine neuron activity before action initiation gates and invigorates future movements".

O estudo conduzido pela Profa. Doutora Maria Manuel Mota, no Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, demonstra pela primeira vez, que o agente infecioso responsável pela malária – o parasita Plasmodium – é capaz de detetar e adaptar a sua virulência ao estado nutricional do hospedeiro.

A malária é uma doença infeciosa grave, sendo responsável pela morte de uma criança a cada minuto. No entanto, a maioria dos infetados em zonas endémicas sobrevive. Usando animais modelo a equipa observou que a carga parasitária, assim como a severidade da doença, é significativamente menor em animais sujeitos a uma dieta de restrição calórica.

Quanto ao trabalho conduzido pelo Prof. Doutor Joaquim Alves da Silva, investigador da Fundação Champalimaud, o júri premiou-o por considerar que poderá contribuir para a descoberta de terapêuticas inovadoras para o tratamento da doença de Parkinson.

Instituídos em 1955, os Prémios Pfizer Investigação distinguem os melhores trabalhos de investigação clínica e básica, elaborados de forma total ou parcial em instituições portuguesas por investigadores portugueses ou estrangeiros e conferem anualmente um prémio monetário no valor de 20 mil euros para cada um dos projetos vencedores em cada área.

Na edição deste ano foram apresentados 79 trabalhos para avaliação do júri, correspondendo 41 candidaturas à área da Investigação Básica e 38 à área da Investigação Clínica. Ao longo destes anos, os Prémios Pfizer de Investigação foram atribuídos a cerca de 700 investigadores, tendo sido premiados 230 trabalhos.

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